Ariana Reinesé uma poeta, dramaturga e tradutora estadunidense, nascida em Salem, Massachusetts. Estudou e lecionou na European Graduate School e na Universidade de Columbia, onde preparou seu doutorado em Francês e Filologia Românica. É autora dos livros The Cow (2006), Coeur de Lion (2007) e Mercury (2011). Sua primeira peça, Telephone (2009), foi montada no Cherry Lane Theater e recebeu dois prêmios Obie (Off-Broadway Theater Awards). Mantém um tumblr onde divulga seu trabalho. Os poemas abaixo foram retirados de seu primeiro livro, The Cow, vencedor do Prêmio Alberta.
§
POEMA DE ARIANA REINES
em tradução de Rubens Akira Kuana
TODO ACRÉSCIMO DEVE ME MODIFICAR. EU QUERO QUE FAÇA ISSO. EU QUERO ASSIMILAR ISSO ABSOLUTAMENTE.
Quanto ódio eu odeio.
Quanto ódio eu odeio.
Uma massa de lerdeza.
Um cancelamento lento.
Quanto ódio eu odeio.
Quanto ódio eu odeio.
Um realismo.
Eu me levo em consideração por virtude de um processo
Porque alguma outra energia me conduz.
Quanto ódio eu odeio.
Um realismo.
Eu posso animar o virtual. Eu posso ser.
Eu posso animar o virtual. Eu posso ser.
Uma fenda de divergência, uma abertura na realidade, um realismo.
Quanto ódio eu odeio.
Um ar possui o alimento mais velho.
Um ar possui o alimentador.
O sol! Alguém ainda está vivo, dentro do ar. Um ar possui o
velho.
Um ar possui ou envolve a intensidade.
Não existem lentes no ar.
Fragmentos de carvão, fragmentos de sebo e cabelo,
Fragmentos de pó em um passado que está morto mas que não irá embora.
Quanto ódio eu odeio.
Quanto ódio eu odeio.
Quanto ódio eu odeio.
:
EVERY ACCRETION MUST MODIFY ME. I WANT IT TO DO SO. I WANT TO ASSIMILATE IT ABSOLUTELY.
How much hate I hate.
How much hate I hate.
A mass of slow.
A slow cancel.
How much I hate.
How much I hate.
A realism.
I account for myself by virtue of a process
Because some other energy drives me.
How much I hate.
A realism.
I can animate the virtual. I can be.
I can animate the virtual. I can be.
A slit of difference, a vent in the real, a realism.
How much hate I hate.
An air possesses the older food.
An air possesses the feed.
The sun! Somebody is still alive, inside of the air. An air possesses the
Old.
An air possesses or encompasses the intensity.
There is no lens on the air.
Sharded of coal, sharded of sebum and hair,
Sharded of motes in a past that is dead but will not go.
How much hate I hate.
How much hate I hate.
How much hate I hate.
(tradução de Rubens Akira Kuana)
.
.
.